Sunday, November 5, 2017

JULIA ROBERTS, 50 ANOS. MERECE OU NÃO MERECE UMA BELA COMEMORAÇÃO?

por Chico Marques


Julia Roberts nasceu há exatos 50 anos, no dia 28 de Outubro de 1967, em Smyma, no Estado da Georgia, Estados Unidos. Seu sorriso largo e seu rosto esguio viraram rapidamente a cara dos Anos 90, graças ao sucesso estrondoso de "Pretty Woman", que fez dela uma estrela implacável há exatos 25 anos.

Depois de colecionar diversos sucessos de público em filmes relativamente ligeiros e fazer fortuna logo na primeira década de sua carreira, Julia começou a escolher melhor seus papéis na esperança de ser levada um pouco mais a sério como atriz.

Deu sorte: faturou um Oscar de Melhor Atriz por sua performance soberba em "Erin Brockovich" (2000).

Daí pra frente, fez apenas o que quis.



A carreira de Julia Roberts tomou um rumo bem aventuresco desde então.

Ela embarcou em projetos de prestígio, voltados para um público mais segmentado. Trabalhou diversas vezes com Steven Soderbergh e Mike Nichols em projetos pouco apelativos em termos comerciais, que ela, com seu prestígio pessoal, conseguiu levar a platéias mais amplas.

Graças a iniciativas ousadas como essa, Julia vem conseguindo manter sua carreira num patamar bastante alto de dignidade e de respeitabilidade.

Sem contar que continua uma "bela mulher" às vésperas dos cinquenta anos.

Seu lindo sorriso permanece cativante.

E a amplitude de seu talento é cada vez mais indiscutível.


Saudamos a adorável Julia Roberts nesta data querida resgatando 5 filmes não muito festejados -- talvez até subestimados -- de sua longa filmografia.

Em comum entre eles, apenas o fato de estarem disponíveis para locação nas estantes da Vídeo Paradiso.




ADORO PROBLEMAS 
(I Love Trouble, 1994, roteiro e direção Nancy Myers e Charles Shyer)

Um veterano jornalista (Nick Nolte) descobre que uma linda novata (Julia Roberts) deu um furo de reportagem na sua frente, sobre um acidente de trem que foi fruto de sabotagem. Os dois começam se odiando por conta disso, mas, com o passar do tempo, começam a se envolver emocionalmente. Mas não sem antes se envolverem em uma série de encrencas com gente do submundo do crime. Nolte odeia esse filme, sabe-se lá porquê. É extremamente bem escrito, na melhor tradição de "A Primeira Página", de Billy Wilder. E Julia está mais linda do que jamais esteve até então. Diz ela que sua experiência de trabalhar ao lado de Nick Nolte foi péssima, e o classifica como "o pior ator com quem já trabalhei" (110 minutos)
 O SEGREDO DE MARY REILLY
(Mary Reilly, 1996, direção Stephen Frears)

O filme conta a história de Mary Reilly (Julia Roberts) , uma moça de origem humilde que teve uma infância muito violenta, e que vai trabalhar na casa do tímido Dr. Jekyll (John Malkovich) . Ela conhece o assistente do médico - Mr. Hyde - e acaba descobrindo o segredo de Dr. Jekyll e de seu assistente, mas o guarda consigo mesma porque acaba se apaixonando por ele. O roteiro é baseado no livro "Mary Reilly", de Valerie Martin, obra inspirada em "O Médico e o Monstro", do escritor escocês Robert Louis Stevenson. Tanto Julia Roberts quanto John Malkovich estão exuberantes neste drama de suspense extremamente climático do talentosíssimo Stephen Frears. (108 minutos)
 UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL
(Notting Hill, 1999, roteiro Richard Curtis, direção Roger Mitchell)

Will (Hugh Grant) é dono de uma livraria especializada em guias de viagem, e recebe a inesperada visita de uma cliente muito especial, a estrela de cinema americana Anna Scott (Julia Roberts). Depois de um início meio atrapalhado, iniciam um romance confuso, cheio de idas e vindas, mas absolutamente encantador e estranhamente convincente. Com um time soberbo de atores coadjuvantes e um roteiro simplesmente perfeito, "Notting Hill" ajudou a humanizar a figura pública de Julia, e foi um merecidíssimo sucesso de crítica e público. Impossível não ficar encantado com ela nas cenas em que abre o coração e revela o quão difícil é lidar com o fato de ser uma atriz célebre. Sem sombra de dúvidas, a melhor de todas as comédias românticas que Julia protagonizou. (124 minutos)
A MEXICANA
(The Mexican, 2001, direção Gore Verbinski)

Jerry Welbach (Brad Pitt) recebeu dois ultimatos. Seu chefe quer que ele viaje para o México a fim de buscar uma pistola antiga caríssima chamada "A Mexicana" ou ele sofrerá as consequências. O outro ultimato vem de sua namorada Samantha (Julia Roberts), que quer que ele acabe com os negócios junto com esse chefe. Jerry percebe que estar vivo, mesmo que seja brigado com a namorada, é a melhor saída. Achar a pistola é fácil, mas voltar com ela para casa já é outra história. Supõe-se que a pistola carrega uma maldição e Jerry, com todos os problemas de sair do México, sua (ex) namorada raptada, começa a acreditar. Mal recebido pelo público na época, que o achou o tom do filme "independente demais", "A Mexicana" é um filme inusitado, conduzido de forma muito criativa pelo diretor Gore Verbinski e com participações especiais deliciosas de James Gandolfini, Gene Hackman e Pedro Armendáriz Jr. (120 minutos)
PERTO DEMAIS
(Closer, 2004, roteiro Patrick Masber, direção Mike Nichols)

Anna (Julia Roberts) é uma fotógrafa bem sucedida que conhece e seduz Dan Woolf (Jude Law), um jornalista sem sucesso tentando lançar um livro, os dois acabam tendo um rápido envolvimento. A seguir, Anna conhece Larry Gray (Clive Owen) de uma forma um tanto inusitada, e, mais tarde, se casa com ele. Dan mantém um caso com Anna mesmo depois de seu casamento e usa a misteriosa Alice (Natalie Portman), uma stripper, como sua musa inspiradora, sem saber que Alice carrega diversos segredos ainda não revelados. Adaptação de uma peça de teatro de muito sucesso que se transformou num filme nada menos que espetacular, com seus quatro atores testando seus limites sob a orientação segura e desafiadora do grande diretor Mike Nichols. De tirar o fôlego. (104 minutos)





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